Os atributos Morais de Deus

03/05/2013 17:25

 

Atributos Morais, Pr. Felipe Santos.

1) Santidade: É a perfeição de Deus, em virtude da qual Ele eternamente quer manter e mantém a Sua excelência moral, aborrece o pecado, e exige pureza moral em suas criaturas. Ser Santo vem do hebraico qadash que significa cortar ou separar. Neste sentido também o Novo testamento utiliza as palavras gregas hagios que sig Santo ou Sagrado. A santidade de Deus possui dois diferentes aspectos, podendo ser positiva ou negativa (Hb. 1:9; Am.5:15; Rm.12:9).

a) Santidade Positiva: Expressa excelência moral de Deus na qual Ele é absolutamente perfeito, puro e íntegro em Sua natureza e Seu caráter (IJo. 1:5; Is. 57:15; IPe. 1:15, 16; Hc. 1:13). A santidade positiva é amor ao bem.

b) Santidade Negativa: Significa que Deus é inteiramente separado de tudo quanto é mal e de tudo quanto o aborrece (Lv. 11:43-45; Dt. 23:14; Jó. 34:10; Pv. 15:9, 26; Is. 59:1, 2; Lc. 20:26; Hc. 1:13; Pv. 6:16-19; Dt. 25:16; Sl. 5:4-6) A santidade negativa é ódio ao mal. Além de possuir dois aspectos a santidade de Deus possui também duas maneiras diferentes de manifestar-se:

c) Retidão: Também chamada justiça absoluta, é a retidão da natureza divina, em virtude da qual Ele é infinitamente Reto em Si mesmo (santidade legislativa). Sl. 145:17; Jr.12:1; Jo.17:25; Sl.116:5; Ed.9:15.

d) Justiça : Também chamada justiça relativa, é a execução da retidão ou a expressão da justiça absoluta (santidade judicial). Chamada de santidade transitiva. A retidão é a fonte da Santidade de Deus, a justiça é a demonstração de Sua santidade.
A justiça de Deus pode ser retributiva e remunerativa. A justiça retributiva se divide em punitiva e corretiva. A justiça punitiva é aquela pela qual Deus pune os pecadores pela transgressão de Suas leis. Esta justiça de Deus exige a execução das penalidades impostas por Suas leis (Sl. 3:5; 11:4-7 Dt. 32:4; Dn. 9:12, 14; Ex.9:23-27; 34:7).

A justiça corretiva é aquela pela qual Deus "pune" Seus filhos para corrigi-los (Hb. 12:6, 7). Aqueles que não são Seus filhos, Deus pune como um Juiz Severo    (Rm. 11:22; Hb. 10:31), mas aos Seus filhos, Deus "pune" (corrige) como um Pai Amoroso (Jr.10:24; 30:11; 46:28; Sl. 89:30-33; ICr. 21:13) A justiça remunerativa é aquela pela qual Deus recompensa, com Suas bênçãos, aos homens pela obediência de Suas leis (Hb. 6:10; IITm. 4:8; ICo. 4:5; 3:11-15; Rm. 2:6-10; IIJo. 8)

e) Ira : Esta deve ser considerada como um aspecto negativo da santidade de Deus, pois em Sua ira Deus aborrece o pecado e odeia tudo quanto contraria Sua santidade (Dt. 32:39-41; Rm. 11:22; Sl. 95:11; Dt. 1:34-37; Sl. 95:11). Podemos, então, dizer que a ira é a manifestação da santidade negativa de Deus (Rm. 1:18; IITs.1:5-10; Rm.5:9 etc). A ira é também designada de severidade (Rm. 11:22).

2) Bondade : É uma concepção genérica incluindo diversas variedades que se distinguem de acordo com os seus objetos. Bondade é perfeição absoluta e felicidade perfeita em Si mesmo (Mc. 10:18; Lc. 18:18, 19; Sl. 33:5; Sl. 119:68; Sl. 107:8; Na. 1:7). A bondade implica na disposição de transmitir felicidade.

a) Benevolência : É a bondade de Deus para com Suas criaturas em geral. E' a perfeição de Deus que O leva a tratar benévola e generosamente todas as Suas criaturas (Sl. 145:9, 15,16; Sl. 36:6; 104:21; Mt. 5:45; 6:26; Lc. 6:35; At.14:17).Thiessen define benevolência como a afeição que Deus sente e manifesta para com Suas criaturas sensíveis e racionais. Ela resulta do fato de que a criatura é obra Sua; Ele não pode odiar qualquer coisa que tenha feito (Jó. 14:15) mas apenas àquilo que foi acrescentado à Sua obra, que é o pecado (Ec.7:29).

b) Beneficência: Enquanto que a benevolência é a bondade de Deus considerada em sua intenção ou disposição, a beneficência é a bondade em ação, quando seus atributos são conferidos.

c) Complacência: É a aprovação às boas ações ou disposições. É aquilo em Deus que aprova todas as Suas próprias perfeições como também aquilo que se conforma com Ele (Sl. 35:27; Sl. 51:6; Is. 42:1; Mt. 3:17; Hb. 13:16).

d) Longanimidade ou Paciência: O hebraico emprega a palavra erek'aph que significa grande de rosto e daí também lento para a ira. O grego emprega makrothymia que significa ira longe. Portanto longanimidade é o aspecto da bondade de Deus em virtude do qual Ele tolera os pecadores, a despeito de sua prolongada desobediência. A longanimidade revela-se no adiamento do merecido julgamento (Ex.34:6; Sl. 86:15; Rm. 2:4; Rm. 9:22; IPe. 3:20; IIPe. 3:15)

e) Misericórdia:

Também expressa pelos sinônimos compaixão, compassividade, piedade, benignidade, clemência e generosidade. No hebraico usa-se as palavras chesed e racham e no grego eleos. É a bondade de Deus demonstrada para com os que se acham na miséria ou na desgraça, independentemente dos seus méritos (Dt. 5:10; Sl. 57:10; Sl. 86:5; ICr. 16:34; IICr. 7:6; Sl. 116:5; Sl. 136; Ed.3:11; Sl. 145:9; Ez. 18:23, 32; Ex.33:11; Lc. 6:35; Sl. 143:12; Jó 6:14).

 

Felipe Santos 

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