ECLESIOLOGIA E CRISTOLOGIA

01/01/2014 12:09

A IGREJA

 

A Igreja de Deus

Tu és Pedro e sobre esta rocha edificarei minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. MT 16:18

  Esposa do cordeiro, morena do deserto, sal da terra e luz do mundo, eleita e herdeira de Cristo, a igreja.

 

Pois vós, irmãos, vos tornastes imitadores das igrejas de Deus em Cristo. Jesus que estão na Judéia" (1 Tes. 2:14)

 

1) Definição do Termo "Eclesiologia" (do grego: "Ekklesia": igreja; “logos”: estudo, ciência ou discurso racional) é a Ciência ou a Doutrina da Igreja.

Na Teologia Sistemática, é a abordagem da Igreja de Cristo, portanto, um estudo sobre a Igreja.

         A palavra Igreja é "Ekklesia", que significa "uma assembléia de chamados para fora". O termo aplica-se a: Todo o corpo de cristãos em uma cidade (Atos 11: 22; 13:1); Uma congregação (1Cor 14:19, 35; Rm 16: 5); Todo o corpo de crentes (Ef 5: 32).
         A ignorância que prevalece no Cristianismo agora em relação às Igrejas de Deus é profunda e mais geral que qualquer outro erro sobre qualquer outro tema das Escrituras. Muitos que são fortes em relação ao Evangelho e são corretamente ensinados sobre os grandes fundamentos da fé, estão equivocados em relação à Igreja. Há de se notar que a confusão que abunda diz mais respeito à palavra "Igreja".

Há poucas palavras com tamanha variedade de sentidos. O homem comum entende por "igreja" um edifício no qual as pessoas se congregam para a adoração pública.

Porém os que compreendem melhor sabem que o termo se refere às pessoas que se congregam neste edifício.

Outros usam o termo em um sentido denominacional e chamam de a "Igreja Metodista" ou a "Igreja Presbiteriana". Também se emprega para chamar de instituições do Estado como a "Igreja da Inglaterra" ou a "Igreja da Escócia.

Para os papistas, a palavra "igreja" é quase sinônimo da palavra "salvação", porque eles ensinam que todos os que estão fora da "Santa Igreja Mãe" estão eternamente perdidos.

Para muitos que são até mesmo povo de Deus, parece não interessar-lhes o que Deus pensa sobre o tema.

É triste notar que homens devotos no Evangelho, que proclamam a Palavra de Deus, nos comentam que não se molestam em relação à doutrina da Igreja; que a salvação é um tema mais importante; e o estabelecimento dos Cristãos nos fundamentos é tudo o que é necessário. Vemos que eles dão capítulo e versículo para cada declaração que fazem e enfatizam a autoridade da Palavra de Deus, porém cerram os olhos a seus ensinamentos sobre a Igreja.

1ª. A Igreja é uma congregação de salvos, batizados, obedientes aos mandamentos do Senhor Jesus, tendo vidas santas e irrepreensíveis, considerando a Bíblia como sua regra de fé e ordem.

É sempre local e visível.

O número de pessoas que constitui uma Igreja Bíblica é discutível, e pode ser interpretado entre dois ou três (Mt 18.20), mais o processo judicial de uma Igreja descrito na Bíblia requer o número de dez, que é o número de uma congregação Judaica. Os membros da Igreja são pessoas santas por chamamento, batizados, manifestam visivelmente sua obediência e fé em Cristo, e se submetem e entregam-se voluntariamente uns aos outros para cumprir as ordenanças do evangelho (Rm 1.7; 1Co 1.2; At 2.41,42; 5.13,14; 2Co 9.13).

2) A Igreja reúne-se regularmente para comunhão e edificação                              (1Ts 5.14, 2Ts 3.6,14, 15).

3) O cabeça de toda Igreja verdadeira é Cristo (Cl 1.18; Mt 28.18- 20;          Ef 4.11,12).

Os líderes da Igreja são escolhidos pela própria Igreja quando dirigidos pelo Espírito de Deus e que são os anciãos (ou bispos) e os diáconos. Estes são escolhidos para servir a Igreja.

A autoridade dos pastores na Igreja local é de um servo (Tt 1:7). Eles cuidam de um rebanho (I Tm. 3:5), mas eles não possuem autoridade legislativa, nem poderes de arbitragem (I Pd. 5:1-5). Eles guiam o rebanho com conselho sábio e Bíblico, cuidando e administrando os interesses de Cristo na Igreja local.

Seu ministério começa e termina nos afazeres da Igreja que assume como guia espiritual.

Devem ser respeitados e nunca maltratados, e devem ser devidamente recompensados se governarem bem (1Tm 5.17).

Os Apóstolos receberam autoridade por Cristo para efetuar a obra de fundar sua Igreja (2Cr 10.8). A palavra autoridade ou Exousia é usada de várias maneiras em relação á Igreja, mais além dos Apóstolos, nunca é usada no relacionamento entre os líderes e a Igreja.

O uso comum para Poder é o dunamis? Carrega o sentido de habilidade ou capacidade. Alguém que tem habilidade ou capacidade de efetuar algo. No Novo Testamento, poder é freqüentemente associado com o Senhor Jesus Cristo, que, ungido pelo Espírito Santo de Deus manifestou poder em suas pregações e milagres (At 10.38). Este mesmo poder foi dado aos Apóstolos encarregados do ministério de Cristo (Mt 10.1-42; 2Co 12.12), e a todos os que crêem.A obra dos Apóstolos requeria um poder específico que não é necessário hoje. Poder é dado a todos os crentes e que são preservados e transformados por este poder (2Tm 1.7; Ef 3.14).

A ceia e a obra de Cristo na cruz

II Co 5.21, ?Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus?.

 

A obra de Cristo por nós foi penal. Cristo nos representou e foi feito pecado por nós. Portanto foi necessário que Ele recebesse a sentença divina que a lei justa anuncia contra o transgressor (Is 53.4-8, pela transgressão do meu povo ele foi atingido; Mt 1.21).

(Ele salvará o seu povo dos seus pecados; Jo 17.9, Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus).

Na morte de Cristo foi aplicado o castigo penal em referência dos nossos pecados. Cristo foi obediente em tudo (Fl 2.7), e, portanto, não deve ser castigado. Cristo foi sem pecado (II Co 5.21), e, portanto, não deve morrer. Cristo é justo (I Pe 3.18), e, portanto, não deve ser desamparado pelo Pai.

Todavia, Cristo foi castigado, morto e desamparado por Ele ser feito pecado? Pelos Seus (Lv 16.21; Is 53.6,12; Hb 9.28). Pela vitória de Cristo sobre o pecado e a morte, os Nele são feitos justos diante de Deus (Rm 8.1,2).

Portanto, todos em Cristo são feitos justos diante de Deus. A todos os homens (sem a exceção de nenhum) deve ser declarada publicamente e zelosamente a mensagem do Evangelho que Cristo é o Salvador de todos os pecadores arrependidos e crentes Nele (Jo 3.16).

Portanto, se você é convencido dos seus pecados e entenda que merece a ira e o julgamento de Deus, a mensagem é: Venha a Deus pela fé na obra completa de Cristo. Por Cristo, Deus é grande em perdoar (Is 55.7). Venham, tome de graça da água da vida, todos que querem (Ap 22.18), todos que tenham sede (Is 55.1-3), e, todos que sejam oprimidos e cansados dos seus pecados (Mt 11.28-30).

A obra de Cristo não lembrada

Para ser preparado o pão asmo usado na ordenança da ceia, o grão de trigo foi moído, batido e assado. Se o grão de trigo não passasse por este processo não seria útil aos outros. Esse pão não é Cristo literalmente.

Esse pão também não é a igreja sendo agora moída e quebrada. O grão de trigo sendo moído, batido e assado simbolicamente aponta ao sofrimento de Cristo por receber no Seu corpo a sentença divina que a lei justa pede contra todo transgressor. Toda a punição, aquela pena infligida pela transgressão nossa, Cristo, em si mesmo, sendo condenado diante da lei em nosso lugar, realmente recebeu no Seu corpo na cruz. Essa obra penal de Cristo na cruz é lembrada neste pão.

A uva foi espremida e assim derramou a sua vida para que haja um cálice nessa Ceia memorial.

Esse cálice não contém o verdadeiro sangue derramado por Cristo. Este cálice também não contém literalmente o sangue dos membros desta igreja.

A uva dando se o seu suco para encher esse cálice simbolicamente representa a própria vida de Cristo dada na cruz por Ele ser o Substituto nosso diante da lei. A sentença exigida pela culpa das nossas transgressões, executada literalmente sobre Cristo na cruz, é lembrada neste cálice.

I Co 11.23-26, Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; E, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo:

Este cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anuncia a morte do Senhor, até que venha.

Crescimento inicial da Igreja

A igreja bíblica foi fundada por Jesus Cristo, Atos 2:1-4, 36-38, em conjunto com Deuteronômio 6:4 120 judeus foram salvos naquele dia, e 3.000 foram acrescentados, depois 5.000 foram salvos Atos 2:4, 4:4.

Alguns gentios se converteram, visitantes de Jerusalém levaram essa doutrina para sua terra natal.
         33-40 d.C. Regiões em volta de Jerusalém foram evangelizadas, povos da Judéia foram salvos Atos 15:1

34-35 d.C. Samaritanos receberam o Espírito Santo.

34 d.C. Diácono Filipe batizou o eunuco em Nome de Jesus Cristo Atos 8:27. Então à doutrina de Atos 2:38 foi levada para a Etiópia. Mais tarde era chamado cristianismo africano, mas nunca pereceu.

35-56 d.C. Cornélio e sua casa foram salvos Atos 10:48.

37-42 d.C. Um missionário levou à mensagem de Atos 2:38 para Inglaterra, e começou à igreja apostólica.

34-40 d.C. Começaram os trabalhos missionários Atos 12:2, Paulo, Silas, Lucas e Barnabé. E o evangelho se espalhou.

Ásia menor é evangelizada

46-50 d.C. Paulo evangelizou à Ásia Menor e à parte baixa da Europa.

51 d.C. Paulo pregou em "Atenas" Grécia (Atos 17:22).

50-60 d.C. Tadeu evangelizou à América.

50-60 d.C. Apóstolo Tomé foi para "Malabar" Índia, e disse que de lá alcançou à china.

61-64 d.C. Paulo estava em "Roma" Itália pregando para os judeus (Atos 28:17).

66-96 d.C. Nesse período os apóstolos morreram.
50-68 d.C. O campo de atividades da igreja alcançava todo o império romano, incluindo todas às províncias, em suas fronteiras especialmente no leste.

Nessa época o número de membros da origem gentia continuava crescendo dentro da comunidade.

96-100 d.C. Apóstolo João morreu, e começou o surgimento das heresias.

Quando alguém se salva, a primeira consideração que deveria reclamar sua atenção é a igreja. A gratidão a Deus pela salvação deveria fazê-lo tão cônscio da filiação eclesiástica como das matérias pertencentes à salvação.

 A NATUREZA DA IGREJA

Várias concepções falsas da igreja

1) A concepção católica romana

Os católicos romanos crêem que a igreja é um organismo mundial e hierárquico sob o mando do Papa em Roma compara a igreja com uma árvore e diz:” As folhas representam a laicidade pelo mundo inteiro.”

Estão em comunhão direta com os seus respectivos párocos (os ramos menores da árvore mística). Os sacerdotes, por sua vez, em comunhão direta com os seus bispos, isto é, os ramos maiores.

E todos os bispos estão em comunhão direta e constante com o Soberano Pontífice, isto é, o tronco, ou estema, da árvore inteira. Algumas vezes os católicos romanos expandem sua concepção de igreja de maneira a fazê-la incluir

 “todos os fiéis que existiram desde Adão até ao dia presente, ou quem existir até ao fim do tempo” (Concílio de Trento no seu Catecismo Romano, Parte I, Capítulo X, § 16).

 

2) A concepção denominacional

Ouvimos da “Igreja Metodista Episcopal, Sul” e da” Igreja Metodista Episcopal, Norte”.  Há então a” Igreja Presbiteriana nos Estados Unidos”.

E uns tantos, ignorantes da polícia batista, falam das igrejas da convenção Batista do Sul como da “Igreja Batista do Sul.”

3) A concepção universal

Uma noção popular é que a igreja se compõe de todos os salvos em todo o mundo em qualquer tempo dado ou de toda a gente salva que já viveu e se vivos agora ou falecidos. Assim a igreja é conhecida como sendo universal e invisível.

4) A concepção agregada

Todas as igrejas e grupos religiosos, tomados no agregado, são algumas vezes como “a igreja” em distinção do mundo.

O significado de  “EKKLESIA”

          A palavra para “igreja” é” ekklesia”. E chegando à concepção correta da igreja devemos dar conta do sentido exato desta palavra.

1) Entre os Judeus

Na Septuaginta “ekklesia” refere-se aos israelitas quando reunidos para fins religiosos e em nenhuma outra ocasião.

Está assim empregada em DT 31: 30 = 32: 1 = JS 8: 35 = 9: 8; JZ 21: 8 e 1º CR 29: 1. Em AT 7: 38 aplica-se a Israel no deserto. Nunca foi usada dos judeus exceto quando em assembléia.

2) Entre os Gregos

Entre os gregos “ekklesia” referia-se tanto a uma reunião de cidadãos intimados de suas casas para algum logar público com o fim de deliberar AT 19: 32,41. Nunca foi usada entre os gregos para pessoas não em assembléia.

O mesmo é verdade no grego clássico. Foi aplicado ai a “clubes ou associações locais autônomos bem como às assembléias políticas, mas aí não se tem achado caso de sua aplicação a pessoas não reunidas ou não reunintes.

3) Por Cristo e os Apóstolos

Cristo e os apóstolos usaram este termo num sentido até então desconhecido? Quem o afirma deve de ombrear o ônus da prova. E para provar semelhante noção é necessário que os seus advogados achem casos onde “ekklesia” não pode ser aplicado abstrata ou concretamente à assembléia particulares.

Joseph Cross, episcopal, num livro de sermões intitulado “Brasas do Altar”, bem diz:  “ Ouvimos muito da igreja invisível como contra distinguida da visível. De uma igreja invisível neste mundo nada sei, a Palavra de Deus nada diz; nem pode qualquer coisa parecida existir, exceto no cérebro de um herege.”

Emprego escriturístico de “EKLESIA”

Trazendo a mente o significado do termo como já notado, achamos os seguintes usos da palavra em o Novo Testamento:

1) O uso abstrato

Termos que são comumente concretos no sentido são muitas vezes usados num sentido abstrato. “Tal é o caso com a palavra  “lar” na expressão” o lar americano”.

O mesmo é também verdade de “casamento” na afirmação  “o casamento é uma instituição divina.” Outro caso oportuno é o uso da palavra  “homem” para designar-se a raça.

Há pelo menos três passagens da Escritura onde “ekklesia” está usado abstratamente. MT 16: 18 = EF 3: 10 a 21 =                               1 CO 12: 28. Está manifesto que estas passagens não se referem particularmente a qualquer assembléia individual.

Se MT 16: 18 é tomada como se referindo a uma igreja particular, então deve ser entendido que Cristo prometeu perpetuidade a uma igreja particular. Mas nenhuma igreja particular foi perpetuada.

Então os apóstolos, profetas, mestres, dons, etc., como se enumeram em 1º CO 12: 28, não foram todos ajustados em qualquer igreja particular.

E o propósito de Deus de fazer Seus mistérios conhecidos e ganhando-Lhe glória, como indicando em EF 3: 10,21 abrangem não meramente uma igreja particular, mas a igreja como uma instituição.

2) O uso prospectivo

Há duas passagens da Escritura onde “ekklesia” se refere a uma assembléia futura. Referimos-nos aqui a EF 5: 25-32 e HB 12: 23.

Em EF 5: 25-32 a igreja abarca os eleitos de todas as épocas, mas, segundo a etimologia da palavra original, a igreja com este sentido não pode ser concebida como existindo atualmente no presente tempo.

Assim a palavra está usada perspectivamente. E o mesmo é certo em HB 12: 23.

3) O uso particular presente e concreto

De todos os 112 casos em o Novo Testamento onde “ekklesia” se refere à instituição fundada por Cristo, em todos, exceto os cincos casos já notados e outros raros onde possivelmente há um emprego misto, “refere-se a uma igreja particular, concreta, local, ou a uma pluralidade de igrejas semelhantes, como “a igreja que estava em Jerusalém” AT 8: 1;”

Todas as igrejas dos gentios “RM 16: 4;” as igrejas da Macedônia” 2º CO 8: 1;” a igreja em tua casa” FM 2; e” as igrejas de Deus”                             2º TS 1: 4.

4) A Igreja um Corpo

Freqüentemente em o Novo Testamento fala-se da igreja como um corpo.

E bem diz Joseph Cross: Um corpo é um organismo, ocupando espaço e tendo localização definida.

Uma simples agregação não é um corpo; deve de haver organização bem assim.

Uma planilha de cabeças, mãos, pés e outros membros não fariam um corpo; deve ser unida num sistema, cada peça no seu próprio lugar e penetrada de uma vida comum.

Assim uma coleção de pedras, tijolos e madeiras não seria uma casa; o material deve estar erigido junto, numa ordem artística, adaptada à utilidade.

Assim uma aglomeração de raízes, troncos e ramagens não seria uma vinha ou uma árvore; as partes várias devem ser desenvolvidas segundo as leis da natureza da mesma semente e nutridas pela mesma seiva vital (Brasas do Altar).

5) A Igreja uma Assembléia

         A idéia de uma assembléia entre todo uso de “ekklesia” em o Novo Testamento. Esta idéia não é forçada tanto no uso abstrato como no prospectivo.

Não o é mais no uso abstrato do que a concepção correta de lar e casamento no uso abstrato desses termos.

O uso prospectivo de “ekklesia” retém a idéia de uma assembléia – a assembléia do povo de Deus e a volta de Cristo.

Não há neste mundo nenhuma coisa tal como uma igreja universal ou invisível. Abuso é indesculpável de “ekklesia” aplica-la a todos os cristãos de todos os tempos na hora presente.

6) A Igreja e o Reino

“Os termos escrituríticos” igreja” e” reino” têm sido por séculos presumidos serem idênticos ou quase idênticos no significado.

“Mas a moderna cultura tende rapidamente a reverter esta impressão. Vê-se agora claramente que as duas palavras se referem a duas coisas absolutamente distintas em natureza e radicalmente desiguais em muitos aspectos” (Jesse B. Thomas, The Church and the Kingdom).

“Inferir-se-á prontamente... que a palavra ekklesia suscitaria na mente de um grego ordinário, ou pessoa de língua grega, uma concepção não só idêntica a senão em todo particular a antítese dessas sugerida por Basiléia (ibid. pág. 213).

“Somos assim forçados a descansar na conclusão que o “reino” em questão, cujo domínio é” dentro”, o qual” não é deste mundo”, que” não vem com observação”, do qual nunca se fala como para ser” construído” (como a” igreja ”é), nem é, nem foi intentada jamais ser feita pela agência humana entidade terrena externa ou discernível” (ibid. pág. 214).

A igreja e o presente reino de Deus são distinguidos nos seguintes modos:

1) A igreja é falada como aquilo que era para ser construído; o reino nunca. MT 16: 18.

2) Cristo disse: “Dizei-o à igreja”, quando falando de diferença pessoal que não podem ser ajustadas pelas partes envolvidas; mas nunca se disse tal do reino. MT 18: 17.

3) Do reino se disse que fosse pregado e numa ocasião foi anunciado como “próximo”; mas nunca se disse tal da igreja. AT 20: 25 = 28: 31 = MC 1: 15.

4) Lemos do “Evangelho do reino”, mas nunca o Evangelho da igreja. MC 1: 14  MT 4: 23 = 9: 35 = 24: 14.

5. A igreja é chamada um corpo; o reino nunca. EF 1: 22-23 = CL 1: 18 =    1º CO 12: 27.

6) A igreja é uma democracia sob a chefia de Cristo; o reino é uma monarquia. Daí, achamos a igreja autônoma na eleição de Matias, a eleição dos sete diáconos; a separação de Barnabé e Saulo; a escolha de um camarada de viagem para Saulo 1º CO 16: 3 = 2º CO 8: 19 a 23.

7) A comunidade eclesiástica está sujeita à ação da igreja; ao passo que Deus, puramente independente de toda a autoridade humana, põe homens no Seu reino pelo novo nascimento. JO 3: 5 = 2: 6 = CO 1: 13 = RM 14: 1 =    AT 9: 26 = 1º CO 5 =2º CO 2: 6.

8) De nós se diz sermos batizados para a igreja; mas nunca para o Reino. 1º CO 12: 13.

9) A igreja tem um caráter orgânico, tendo oficiais 1º CO 12: 28 e é visível; o reino em nenhum sentido é orgânico e é invisível. LC 17: 20.

10) A igreja é local; o reino é universal.

A FUNDAÇÃO DA IGREJA

Duas concepções erronias

A noção que a igreja foi fundada no dia de Pentecostes recordado em AT 2

Não há mais leve indício da fundação de qualquer coisa neste dia. A igreja que existiu no fim do Dia de Pentecostes, existiu antes do Pentecostes. Antes do Pentecostes a igreja teve o Evangelho e o pregara. Teve o batismo e a Ceia do Senhor. Teve também um ministério e fez culto. Antes do Pentecostes a igreja foi um corpo de crentes batizados, unidos para executarem a vontade de Jesus Cristo. Isto é o que uma igreja é.

A noção que MAT. 16:18 marca o tempo da fundação da igreja.

Isto é bem uma noção geral entre os que rejeitam a teoria pentecostal da fundação da igreja. Mas Jesus não disse: “Sobre esta rocha fundarei a minha igreja”.

Ele empregou a palavra “construir” em vez da palavra” fundar”. E a palavra grega traduzida aqui por “construir” quer dizer construir a super estrutura.

Ocorre à mesma palavra em AT 9: 31, que está traduzida por “edificadas”. Cristo estava então construindo ainda Sua igreja tal qual Ele disse que faria em MT 16: 18.

O que temos dito de Pentecostes podemos também dizer do dia em que Cristo pronunciou as palavras de MT 16: 18: a igreja que existiu ao cabo desse dia, existiu antes desse dia.

Nada há que se possa chamar igreja que veio a existir nesse dia, tanto quanto o arquivo inspirado nos informa.

 

O verdadeiro tempo da fundação da igreja                              

Ao localizar a fundação da igreja devemos achar um tempo quando algo que responde à descrição da igreja veio a existir. Esta regra aponta-nos o tempo quando, após uma noite de oração, Cristo escolheu os doze apóstolos.

Com esta escolha estes doze homens, pela primeira vez, fizeram-se um corpo. Tiveram um cabeça – Cristo. Tiveram um tesoureiro – Judas. Presumiram-se eles crentes batizados.

Uniram-se para executarem a vontade de Cristo. Que mais, além disto, se tornaram no dia em que o seu Mestre pronunciou as palavras de MT 16: 18?

A FUNDAÇÃO DA IGREJA

Há muita controvérsia tocante ao significado de “Rocha” nas palavras de Cristo:” Sobre esta rocha edificarei minha igreja”. Os católicos romanos e outros tomam a rocha por Pedro.

Mas a diferença em gênero e o significado exato entre “Petros”, traduzido por Pedro e” Petra” traduzida por rocha faz insustentável esta idéia.

No grego clássico a distinção está geralmente observada (Ver “Petra” no Léxico de Thayer),

 “Petra” significando” a rocha viva mássica” e” Petros” significando” um fragmento destacado, mas grande.”

Outros tomam “Petra” como significando a fé de Pedro e outros ainda a confissão de Pedro.

Consideramos Cristo aqui como usando de um trocadilho. Tomamos “Petra” como se referindo a Cristo divinamente revelado e implantado nos corações dos homens CL 1: 27.

Pensamos que esta interpretação é sustentada por 1º CO 3: 11- passagem que fala da fundação da igreja em Corinto e fundação que fora lançada pela pregação do Evangelho e a divina revelação e implantação de Cristo no coração.

AS ORDENANÇAS DA IGREJA.

No sentido lato, uma ordenança é meramente um mandamento e qualquer mandamento é uma ordenança; mas a usança comum de hoje limita o termo ordenança da prosa religiosa a formas e cerimônias especiais que pertencem à igreja e são observadas sob sua jurisdição.

Neste sentido só achamos duas ordenanças da igreja na Bíblia. São:

1) O Batismo

O batismo, que é a imersão em água de um penitente crente em nome da Trindade ou de Cristo por autoridade própria e para o fim de mostrar a morte do crente para o pecado e a ressurreição para andar em novidade de vida, foi o rito inicial das igrejas do Novo Testamento.

Ninguém foi recebido sem este rito. Diz o apóstolo Paulo que é o modo porque crentes se fazem parte do corpo de Cristo, a igreja 1º CO 12: 13.

O batismo é um assunto tão vasto que um capítulo inteiro ser-lhe-a devotado mais tarde; portanto, consideração subseqüente está reservada para esse capítulo.

2)A Ceia do Senhor

A ceia do Senhor é o memorial instituído por Cristo em que Suas igrejas são mandadas mostrar Sua morte pelo emprego de pão e vinho. Como com o batismo, consideração ulterior virá num capítulo inteiramente devotado a ele.

OS OFICIAIS ORDENADOS DA IGREJA.

O Novo Testamento só menciona dois oficiais ordenados na igreja. São:

1) Os Anciãos ou Bispos

O título “ancião” ou” bispo” designou o oficial principal nas igrejas do Novo Testamento.

Os ocupantes deste ofício presidiam aos cultos, ensinaram e guiaram o povo nas doutrinas e nos deveres cristãos e exerceram a superintendência das igrejas.

São estes dois títulos usados reciprocamente em o Novo Testamento e, portanto, designam o mesmo ofício. O seu uso recíproco pode ser visto em AT 20: 17: 28.

“ Diz-se na primeira passagem que Paulo convocou os anciãos da igreja de Éfeso e na segunda ele os chama “superintendentes”, que é a tradução literal da palavra traduzida noutro logar por” bispos”. Ver FP 1: 1.

O uso alternado de ambos os títulos sob discussão pode ser visto também em TT 1: 5,7.

O termo “pastor” é outro termo usado só uma vez em o Novo Testamento EF 4: 11, o qual designou parecidamente, o mesmo ofício como ancião e bispo.

Parece ter sido a regra em o Novo Testamento, nas suas igrejas, ter uma pluralidade de anciãos, como se vê plenamente no caso da igreja de Éfeso AT 20: 17, e no caso da igreja de Filipos FP 1: 1, e como parece estar indicado no caso de outras igrejas em                AT 14: 23 e TT 1: 5.

A razão principal, talvez, para se ter uma pluralidade de anciãos nas igrejas do Novo Testamento, é que era costume haver só uma igreja em qualquer cidade, tendo esta, presumivelmente, um número de pontos de pregação pela mesma.

Um ministério graduado é desconhecido em o Novo Testamento. O bispo era um oficial de uma igreja particular e não um superintendente das igrejas de um dado distrito, como é o caso hoje em algumas denominações.

2) Diáconos

Ver AT 6: 1-8 = FP 1: 1 = 1º TM 3: 8-13.

Há tanta coisa a dizer-se com referência ao diaconato que reservamos tratamento mais extenso para ulterior capítulo exclusivamente devotado a este assunto.

O GOVERNO DA IGREJA

As igrejas do Novo Testamento eram independentes e democráticas no seu governo. Este fato está visto em:

1) A escolha de Matias

Conquanto o método usado na escolha de Matias não é o costumeiro nas votações de hoje, o relato de Lucas AT 1: 23-26, implica que a igreja inteira participou de sua escolha.

“Indicaram” V. 23,” oraram” V. 24, e” lançaram sortes”. O grupo inteiro de cento e vinte V. 15 é o antecedente naturalíssimo do pronome “eles” nestas expressões.

2) A escolha dos setes Diáconos

Quando se levantou a necessidade desses sete servos da igreja, os apóstolos não assumiram a autoridade de indicá-los, mas;“ Convocando a multidão dos discípulos, disseram:  Não é razoável que nós deixemos a Palavra de Deus e sirvamos às mesas; escolheis, pois, irmãos dentre vós sete varões de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio “Atos 6: 2-3.

“E este parecer satisfez a toda a multidão e elegeram” os sete varões cujos nomes são dados. A multidão dos discípulos, isto é, a igreja, fez a escolha.

3) A separação de Barnabé e Saulo

Nisto vemos a independência das igrejas do Novo Testamento. A igreja de Antioquia, ainda que muito mais jovem que a de Jerusalém, procedeu nesta matéria independente desta e sem sequer consultá-la. Ver AT 13: 1-3. Nem a igreja consultou os apóstolos.

4) A exclusão e restauração do homem incentuoso em Corinto

Paulo dirigiu-se à igreja como um todo nesta matéria. Ver 1º CO 5. E na recomendação concernente à restauração deste homem                2º CO 2: 6, fala de sua punição como tendo o mesmo sido aplicado por “muitos”, literalmente, a  maior parte ou maioria.

Isto implica distintamente que a igreja era democrática na exclusão do homem. Não foi feito pelos anciãos, nem pelos diáconos, mas pelos muitos ou a maioria.

5) A escolha de irmãos viajantes para Paulo

Ver 1º CO 16: 3 = 2º CO 8: 19 a 23. Paulo reconheceu o direito de as igrejas terem seus próprios representantes acompanhando-o nas suas viagens entre as igrejas para amealhar as ofertas para os santos em Jerusalém. Temos, não há duvida, estes mensageiros das igrejas” mencionados em AT 20: 4.

Assim Paulo não foi um senhor sobre a herança de Deus, mas reconheceu-lhes o direito de autonomia. Paulo fala desses irmãos como tendo sido escolhido das igrejas. Isto implica que as igrejas procederam como corpos na sua escolha.

Não foram indicados pelos anciãos. A única maneira por que uma igreja pode proceder como um corpo é por algum método de votar. Qualquer método adequado de votar é uma expressão de democracia.

 

 

O DEVER  E A RESPONSABILIDADE DA IGREJA TODA EM:

1) Manter unidade de ação

Ver RM 12: 16 = 1º CO 1: 10 = 2º CO 13: 11 = EF 4: 3 = FP 1: 27 = 1º PE 3: 8. String mui justamente observa nesta passagem que elas “não são meros conselhos de submissão passiva, tais como poderiam ser dados uma hierarquia, ou aos membros da Companhia de Jesus: são conselhos de cooperação e juízo harmonioso.”

2) Conservar puras a doutrina e a prática.

1º TM 3: 15; Judas 3. Vide também as exortações às igrejas no AP capítulos 2 e 3.

3) Guardar as ordenanças

1º CO 11: 2, 23-24.

E podemos concluir por dizer que em nenhum caso em o Novo Testamento vemos contraditadas a independência e a democracia da igreja

A MISSÃO DA IGREJA

A missão da igreja está claramente esboçada na comissão de despedida de nosso Senhor como recorda em MT 28: 19-20. Há três elementos nesta comissão.

1) Fazer discípulos

A frase “ensinai todas as nações” pode ser traduzida” disciplinai todas as nações” que este é o seu significado.

Da versão de Marcos achamos que os discípulos são para ser feitos pela pregação do Evangelho.

À luz de outras passagens não pode ser sustentado que o discipulamento se fez através do ato de batismo, como alguns quereriam que fosse.

Achamos que o Mestre, autor da comissão e nosso exemplo perfeito, “fez e batizou” discípulos JO 4: 1- o que implica que os discípulos foram feitos e então batizados, não feitos pelo ou através do batismo.

Precisamos notar que esta comissão autoriza a pregação mundial do Evangelho.

É para irmos a todo o mundo e pregarmos o Evangelho a toda criatura MC 16 15, fazendo discípulos em todas as nações.

Nem pode ser razoavelmente sustentado que isto coube só a era apostólica.

A promessa da presença de Cristo até ao fim dos séculos MT 28: 20 implica uma continuação da comissão até ao fim dos séculos, pelo que se quer dizer o fim da presente dispensação, que virá na volta de Cristo.

 

2) Batizando-os

Ao passo que o batismo nada tem a ver com fazer discípulos e não tem poder salvador, todavia está ordenado por nosso Senhor e é, portanto, importante.

A comissão de Cristo proíbe expressamente batizar crianças de peito e outras pessoas inconquistáveis. O antecedente “os” são os tais que são discípulos.

Ninguém se arroga o batismo a menos que possa ser ensinado e então a ele não se arroga até que tenha sido ensinado e tenha recebido esse ensino. Ver AT 2: 41 = 8: 36-37 = 19: 1-5.

3) Ensinando-os

Ainda não estamos terminados quando fizemos discípulos e os batizamos: somos intimados a ensiná-los e a ensinar-lhes tudo quanto Cristo mandou.

Já nos referimos à promessa da presença de Cristo que se ajunta a esta comissão.

A promessa não só indica que a comissão tem uma aplicação perpétua até ao fim dos séculos, mas também indica que Cristo se dirigiu aos apóstolos, não como indivíduos senão como constituindo eles a igreja.

Estes apóstolos há muito estão mortos, contudo o fim dos séculos não veio; logo, Cristo deve ter precisado falar-lhes como a um corpo que se perpetuaria até ao fim dos séculos.

A comissão, portanto, foi cometida à igreja. A execução dela, então, é, primariamente, uma responsabilidade da igreja.

A COMUNIDADE DA IGREJA

De que espécies de pessoas consistiram as igrejas do Novo Testamento? Houve ali uma coisa semelhante à comunidade infantil da igreja? Podemos responder a esta última  pergunta com uma negativa enfática.

Toda palavra em o Novo Testamento que de qualquer maneira toca a matéria da comunidade da igreja é totalmente contra a idéia infantil da igreja.

Não achamos mesmo o mais leve indício de alguma vez ter sido recebida numa igreja do Novo Testamento qualquer pessoa irresponsável.

As igrejas do Novo Testamento foram compostas somente de pessoas supostamente regeneradas.

Os que saíram disto saíram da Palavra de Deus e suas instituições são indignas de se chamar igrejas do Novo Testamento.

A DISCIPLINA DA IGREJA

Pode-se definir a disciplina como tratamento cabível a um aprendiz ou discípulo, ou o treino de alguém proceder de acordo com regras estabelecidas.

Da grande comissão vimos que o ensino ou treino dos discípulos de Cristo cometidos à igreja. Este ensino ou treino deve precisar assentar às necessidades de diferentes classes de discípulos e deve precisar consistir de mais que uma simples proclamação da verdade.

Achamos ser isto verdade segundo as epístolas pastorais e segundo Cristo mesmo. Notamos, portanto:

A) Três espécies de disciplina

1) Disciplina formativa

Esta é a forma primária e mais simples de disciplina. Consiste em ensinar, instruir e guiar os cordial-decididos nos caminhos da verdade e justiça.

As igrejas deveriam engajar-se diligentemente nesta forma de disciplina. É o método melhor e mais satisfatório. Se for usada fielmente, outras formas de disciplina menos desejáveis não serão tão precisadas.

2) Disciplina corretiva

A máxima disciplina formativa diligente, porém, não impedirá lapsos da vereda direita e estreita por parte de todos os crentes.

Estão seguros alguns de ser assaltados pelo pecado.

Desta classe está falado em GL 6: 1. Esses não são os obstinada e persistentemente pecaminosos, mas os que vivem em geral retamente e são tomados de alguma tentação ou habito e assim caem em pecado.

São para serem restaurados pelos espiritualmente intencionados na igreja. Estes deveriam ir aos que erraram e, com mansidão, procurar recobra-los do seu  pecado.

Se este plano for seguido, salvar-se-ão muitos de grandemente prejudicarem a si mesmo e à igreja.

Outro caso de disciplina corretiva acha-se em MT 18: 17. Aqui temos o caso de um irmão ofender a outro. Depois de o ofendido ter dado os dois primeiros passos sem resultado, trará o assunto à ciência da igreja, a qual, então, julgará o caso e buscará reconciliar os dois irmãos apartados. Isto é disciplina  corretiva.

3) Disciplina excessiva

Por disciplina excessiva quer-se dizer cortar ou excluir um membro da igreja por alguma ofensa ímpia ou por persistência no pecado. Pouco importa quão bem uma igreja se saia na aplicação da disciplina tanto formativa como corretiva, ela achará ser necessário uma vez ou outra afastar-se de alguma pessoa e retirar-lhe a mão de comunhão fraternal. Notemos:

 

 

 

Os objetivos da disciplina excessiva

1) O bem do excluído.

        Sempre que o excluído parece ser pessoa salva, isto deveria ser a coisa predominante. E quando mesmo estiver claro que a pessoa ofensora está perdida, deveríamos esperar que sua exclusão ajudasse a produzir sua salvação.

Paulo recomendou a exclusão do incestuoso em Corinto, primeiro que tudo, para “a destruição da carne”, a saber, a natureza carnal. Deveríamos orar pelo excluído para que Deus use a disciplina para seu próprio bem.

No caso do homem de Corinto vemos que a disciplina realizou o seu fim desejado. De 2º CO 2: 6-8 vemos que esse homem se arrependeu. Muitos discípulos têm sido despertados e trazidos à razão pela exclusão da igreja.

2)O bem da igreja.

Paulo assinalou outra razão para a exclusão do homem de Corinto. Paulo diz-lhes que purguem o fermento velho, porque “um pouco de fermento fermenta a massa toda” Ver 1º CO 5: 7- 8.

A igreja deve excluir o ímpio para que possa proteger o resto de sua comunidade. O exemplo do ímpio se for deixado na igreja, tenderá a corromper a igreja inteira.

3) A glória de Cristo.

 Ainda que a igreja não precisasse excluir os ímpios  por amor deles mesmos e como uma proteção do restante da comunidade, ela carecia de fazê-lo para a glória de Cristo.

A igreja é Seu corpo e O representa no mundo. Desonra a Cristo ser o Seu corpo conspurcado pela impiedade. Paulo argüi contra as divisões na igreja com o fundamento que Cristo não está dividido 1º CO 1: 13.

Do mesmo modo podemos argüir contra a permissão da impiedade na igreja sobre o fundamento que em Cristo não há impiedade.

B) Ofensas dignas da disciplina  excessiva.

Estas ofensas podem ser divididas em três espécies; a saber:

1)Ofensas pessoais.

Esta classe de ofensas está referida em MT 18: 15-18 e o método de tratar com elas estão indicados. Uma igreja não deveria permitir a um dos seus membros trazerem diante dela queixa contra outro membro antes que se tenham dado os dois passos precedentes escritos por Jesus.

2) Ofensas doutrinárias.

Ver RM 16: 17 = 1º TM 6: 3-5. De cada uma das passagens precedentes a disciplina excisiva da igreja é uma inferência razoável no caso de ensinadores persistentes do erro.

Aqueles mencionados em RM 16: 17 evidentemente não eram membros da igreja, mas suponde que tinham sido; podia a comunidade da igreja evitá-los de tal modo a impedi-los de causar muito dano sem excluí-los da igreja?

Estaria em boa ordem reter na igreja pessoas que a comunidade como um todo precisaria evitar? E suponde que esses falsos mestres insistissem em falar seus erros nas reuniões da igreja?

Respondei a estas perguntas calmamente e vereis a clara inferência de tais caracteres como referidos em RM 16: 17, se na igreja deve precisar ser excluído da igreja para que as instruções de Paulo sejam cumpridas de uma maneira ordeira e efetiva.

E seria direito para Timóteo retirar-se de membros da igreja? Uma solução assim não produziria cisma no corpo, que nunca deveria existir no corpo de Cristo? Assim temos a mesma inferência desta segunda passagem.

Mas notai que em ambos os casos os falsos mestres são falados como propagando seus erros e causando divisão na igreja. Tal conduta reclama disciplina.

Contudo o caso é diferente com aqueles que não compreendem a verdade como deviam, mas são suscetíveis de aprender e não se portam de maneira a causarem divisão na igreja. É desta classe que Paulo fala quando diz: “Ao que é fraco na fé recebei vós.” RM 14: 1.

 3) Ofensas Morais.

Vide 1º CO 5: 1-7 = 2º TS 3: 6 a 14.

c)Observações outras sobre disciplina

1) Indicação de comissão não obrigatória

Note-se que nada se diz em quaisquer das passagens referidas, nem qualquer coisa está dito em qualquer das passagens referidas, quanto à necessidade de se mandar uma comissão ver um membro ofensor antes que se institua ação disciplinar.

Não dizemos que isto nunca devera ser feito, mas desejamos acentuar que a Escritura de nenhum modo prende a igreja para assim fazer em qualquer caso.

De fato, a Escritura nenhuma vez menciona a indicação de uma comissão nos casos de disciplina. A igreja é deixada livre sob a liderança do Espírito Santo para decidir quando se precisa de uma comissão.

Alguns procuram usar MT 18: 1-517 para provarem que uma comissão sempre deve ser indicada para ver a pessoa ofensora. Mas não há aqui menção de uma comissão indicada pela igreja. Nesta passagem temos direções para ofensas pessoais. Isto nada tem a ver com outra ofensa.

2) Visitação pessoal não obrigatória

Não está dito na Escritura que alguém deva trabalhar privadamente com a pessoa culpada de ofensa doutrinal ou moral antes de o caso ser trazido perante a igreja para disciplina excisiva.

A primeira coisa que deveria prender toda atenção do salvo é a Igreja, bem como toda a matéria concernente à salvação.

Outra vez não dizemos que isto não devera ser feito. No caso de ofensas comuns em doutrina ou moral não estamos obrigados a este procedimento em todos os casos.

E em ofensas mais graves e feias não devera ser seguido. Em tais casos, só a exclusão imediata pode conseguir os resultados almejados.

Notai que Paulo, no caso do homem de Corinto, recomendou a exclusão imediata, sem quaisquer passos intermediários. Vide 1º Cor. 5: 1-7.

3) Julgamentos da igreja desnecessários e imprudentes

Nada se diz em nenhum logar da Escritura sobre um julgamento da igreja para um ofensor.

Na matéria  de ofensas pessoais podem vir ocasião em que o acusado devera ser ouvido em sua própria defesa e, em tais casos, ele devera ser ouvido, a menos que os fatos a respeito de sua culpa sejam conhecidos de mais para admitirem qualquer dúvida.

Mas em tais casos é melhor que sua defesa seja trazida à igreja por uma comissão antes do que pela própria pessoa acusada.

E, noutra ofensa, se a igreja o julgar acertado, pode ser permitido ao acusado defender-se a si mesmo; mas então, igualmente, é muito melhor que a sua defesa se faça por uma comissão.

De outra maneira muito mal pode ser causado por palavras amargas e descabidas matérias apresentadas à igreja.

Em qualquer caso onde a igreja está segura da culpabilidade do acusado ela não precisa permitir-lhe qualquer defesa. Uma igreja nunca deveria excluir um membro, contudo, sem estar seguira dos fundamentos Ela devera sempre dar os passos necessários para acertar os fatos.

Mas ela não está obrigada a qualquer forma estereotipada de procedimento. A igreja não é um tribunal e não pode ser obrigada a agir sob as regras de um tribunal.

Chamamos a atenção para estas matérias  porque elas são algumas das coisas que o diabo usa para entravar a disciplina e ofender as igrejas de vários modos.

Em muitíssimas igrejas um assunto de disciplina chamará sempre algum tradicionalista aos seus pés para insistir que a igreja siga certos tramites que eram costumeiros nos matagais dantanho quando ele era menino.

Se a igreja permitir-se ser trazida sob semelhantes tradições, raro ela cumprirá o seu dever na matéria disciplinar. Comissões para ver partes ofendidas raramente funcionam e continuam de uma para outra reunião até que o assunto se gasta e fica esquecido. Se a igreja recusar-se a se fazer escrava da tradição dos matagais e seguir a Palavra e o Espírito de Deus, ela achar-se-á muito melhor no fim.

 

 

 

 

A PERPETUIDADE DA IGREJA

Em MT 16: 18, ao falar da igreja, disse Jesus: “As portas do inferno não prevalecerão contra ela.” Contenção nossa é que, aqui, Cristo prometeu existência continuada da igreja. O Hades é o reino invisível de todos os mortos; ele contém tanto os mortos justos como os ímpios.

Todavia, uns e outros não estão na mesma localidade ou estado. Os ímpios estão atormentados no fogo LC 16: 23.

Os justos estão com o Senhor 2º CO 5: 8 = FP 1: 23. Mas tanto justos como ímpios estão naquele reino invisível dos mortos, o qual é conhecido como hades.

Thayer define “hades” como se referindo a” o receptáculo comum dos espíritos desencarnados”.  Justin A. Smith diz que quer dizer” em geral o mundo dos mortos”.  Segundo John A. Broadus que dizer “o mundo invisível, a habitação dos mortos”. 

E Broadus ajunta: “Nem o Hades nem o Sheol alguma vez denota distintamente o lugar de tormento”,  mas ele diz” o logar de tormento está no Hades e assim está a habitação de Abraão, separada por um abismo intransponível, mas dentro da vista e do ouvido”.

“As portas do Hades” tomamos para significar entrada, antes do que poder ofensivo ou defensivo. Portanto tomamos a passagem para significar que o hades jamais poderá tragar a igreja, que ela nunca morrerá.

Assim entendemos Jesus como prometendo que Ele guardará a igreja viva, a despeito do fato que o material humano de que ela se formaria morreria. Como este material morre, Ele levanta outros para perpetuarem e igreja.

Cremos que Mt 16: 18 nos justificam em crermos que nunca houve um momento desde que Jesus fundou Sua igreja em que não tenha havido uma igreja verdadeira sobre a terra.

Teve sua existência em todo o tempo até ao presente e continuará a existir até que Jesus venha para recebê-la em Si mesmo.

OS SINAIS INDENTIFICADORES DA IGREJA

Se, como crentes, a igreja de Cristo perpetuou-se, então ela está no mundo hoje e tem estado no mundo desde sua fundação. Porque meios, então, identificamos esta igreja em qualquer tempo?

Para haver uma igreja, deve ela ser:

1) Um corpo local independente

A Igreja Católica Romana não pode qualificar-se como igreja de Cristo. Nem o pode qualquer ramo da persuasão Metodista Episcopal. Nada disto existiu nos tempos do Novo Testamento.

As igrejas do Novo Testamento eram locais, corpos independentes. Nenhuma instituição hierárquica pode qualificar-se como uma igreja.

2) Sustentando a verdade como a maneira d fazer discípulos

O fim primário de Jesus, ao por a igreja no mundo, foi que o Seu Evangelho fosse pregado.

Nenhuma instituição que prega o Evangelho falso é reconhecida daquele que ameaçou mesmo a igreja de Éfeso com a remoção do seu castiçal porque simplesmente esfriara no seu zelo e ficará negligente concernente à obra de que Ele cometera às Suas igrejas.

Nenhuma instituição que ensina qualquer forma de salvação pelas obras está sustentando a verdade quanto ao meio de fazer discípulos. Uma igreja deve ensinar a salvação totalmente de graça pela fé.

3) Sustentando a verdade quanto ao batismo

O batismo escriturística é essencial a uma verdadeira igreja porque é porta à igreja. Ver 1º CO 12: 13. Logo, não pode haver igreja sem batismo.

Uma organização que pratica qualquer coisa, menos a imersão, ou não sustenta o batismo de crentes, ou que batiza gente para que se salve, certamente não é reconhecida por Cristo como uma de Suas igrejas.

4) Reconhecendo a Cristo só como seu cabeça e procurando executar a sua vontade e mandamentos

A igreja é um corpo místico; conseqüentemente, ela pertence ao seu cabeça. Se o seu Cabeça é Cristo, ela é Sua igreja. Se o seu cabeça é o Papa, ela é a igreja do Papa.

Se o seu cabeça é uma conferência, então ela é a igreja de uma conferência. Se o seu cabeça é um presbitério ou sínodo, então ela pertence ao presbitério ou sínodo em vez de a Cristo.

Onde quer que se ache um corpo local possuindo todos esses atributos, aí está uma igreja. Sem eles todos não pode haver igreja.

E não hesitamos em dizer, terminando, que, a respeito das denominações regulares, ao menos, só as igrejas evangélicas podem hoje, pelos testes precedentes, ser identificadas como igrejas do Novo Testamento.

 

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JESUS CRISTO

 

 

 

O VERBO DE DEUS

 

 

JOÃO 1.1-10, 14, O evangelho de João nos revela varias verdades a respeito da natureza de Cristo Jesus.

 

Há vários títulos dados a Cristo nos evangelhos

 

João 1.1 verbo de Deus

João 1.4 vida e luz

João 1.29 o cordeiro de Deus

João 1.51 filho do homem

João 1.34 filho do homem

João 4.25 o Messias

João 13.13 mestre

João 20.28 Senhor

João 4.42 Salvador

 

Há outros títulos nos outros evangelhos, mas aqui iremos trabalhar o verbo de Deus.

O termo verbo dado a Cristo vem do original LOGOS, que significa razão, palavra e até pensamento, Cristo também é tido nas escrituras como o verbo da vida 1 João 1.1, nas escrituras o termo palavra, quando falada por Deus revela seu poder criador e restaurador, protetor e sustentador.

 

Sustentador de todas as coisas as que se vêem e as que não se vêem, GN 1.3/SL33. 9,6/HB1. 3.

 

A PALAVRA LOGOS:É UM TITULO DADO A CRISTO QUE O DESIGNA COMO O ETERNO, O CRIADOR E O VERDADEIRO DEUS.

 

 

As escrituras afirmam que no principio criou Deus os céus e a terra, e no evangelho de João1. 1, diz no principio era o verbo e o verbo estava com Deus, então entendemos que Cristo estava com Deus desde o principio na criação, ele estava com Deus e o mesmo evangelho nos afirma que sem ele nada do que foi feito se fez vv3.Ele estava com o Pai antes do tempo existir, ele já existia com Deus antes de tudo.

 

Ele é a palavra de Deus, no AT a palavra logos se referia ao conceito de revelação divina de sabedoria divina, poder criador SL33. 6, no pensamento grego a palavra logos expressava os conceitos de raciocínio e controle criativo, mas o centro da palavra logos, verbo é revelação, Cristo é a revelação de Deus a humanidade, Isaias 9.6.

 

João 1.1 nos diz, e o verbo era Deus, se João fosse o único livro a dizer que Cristo é Deus, ou seja, em que a sua divindade fosse afirmada já estaríamos satisfeitos, pois é muito profunda a revelação de Deus a João sobre a pessoa de Cristo.

 

Vejamos alguns textos bíblicos:MC 16,16;RM 1,4;RM 9,5;CL 2,9;1TM 3,16;HB 1,3

 

Estes versículos apontam para sua posição junto ao Pai, como para sua exaltação junto aos homens.

 

João 1,1 nos afirma que o verbo era Deus. Isto é uma declaração afirmativa, ele tinha toda revelação Divina para dizer que Cristo esta na mesma posição que o Pai.

Podemos observar que João faz algumas afirmações sobre o verbo, afirmações doutrinarias a respeito do verbo de Deus.

 

1)No principio era o verbo.

2)E o verbo estava com Deus.

3)E o verbo era Deus.

 

Essas qualidades são apontadas somente no versículo 1 de João, e no vs3, a escrituras nos diz que, todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.

 

Nele estava a luz, falando sobre luz você já percebeu que as trevas que biblicamente é usada para falar sobre o reino de satanás e o mal, ela só existe na ausência da luz, num quarto escuro, por exemplo, um simples foco de luz rompe as trevas, então entendemos que só existe o mal pela ausência do bem.

João 1,5 diz que a luz resplandeceu nas trevas, mas as trevas não reconheceram a luz.

 

Nele estava a vida, o verbo é segundo o evangelho de João a vida dos homens, ele mesmo declarou, EU SOU A RESSURREIÇAO E A VIDA, João 11,25, no AT o Pai é visto como o manancial da vida GN 2,7/ DT 30,20 / SL 36,9.

 

Pois ele é o criador de toda vida SL 133,3.

 

Cristo atribuiu a si mesmo os mesmos a mesma designação divina João 5, 21,26.

Ele declarou em João 14,6, EU SOU O CAMINHO A VERDADE E A VIDA NINGUÉM VEM AO PAI SE NÃO FOR POR MIM, ele é o único acesso ao Pai.

 

A ENCARNAÇÃO

 

 

Encarnação – mistério pelo qual Deus se fez homem; ato em que Deus se fez homem, unindo a natureza humana à divina.

 

Pequena Enciclopédia Bíblica O S Boyer.Encarnar – ser a personificação, o modelo de (homem); nascer como ser humano (Jesus – filho do homem, filho de Maria) – Dicionário Aurélio
 

LOGOS THEOU (grego) - “Palavra de Deus”. Uma expressão sagrada para A Palavra de Deus que é viva e exerce poder conforme nos é dito “no início era A Palavra, e a Palavra estava com Deus e a Palavra era Deus” (João 1:1). Ela também se expressa no contexto no livro de Hebreus (4:12), do Novo Testamento para mostrar a ponte entre a alma e o espírito.

 

Quando João escreve este primeiro capítulo do seu Evangelho, todos os que lêem o Novo Testamento, notam de imediato, que há uma Revelação Nova desabrochando, além da Biografia do Livro, sem a qual ele não seria um Evangelho.
 

Porém, podemos notar que, João escreve com uma visão descortinada, desde o Eterno Princípio e do Eterno Conselho para Salvação.
 

Gn. 3.15: Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua descendência e a sua descendência; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar, isto indica eu alguém nasceria com poder para lidar e esmagar a serpente, e isto se daria em carne.

 

Jo. 1.14: E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai.] e, à partir de então, realiza a Obra proclamada por Deus, no Livro da Gênesis, para Salvação do Homem!

 

Deus em carne


 I JOÃO 4.1-3: Amados, não creiais a todo espírito… Nisto conheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não é de Deus.

 

Mateus 9. 6: Ora, para que saibais que o Filho do homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados (disse então ao paralítico): Levanta-te, toma o teu leito, e vai para tua casa.Estes textos, para mim não deixam dúvida da consciência de Jesus, de sua atuação pelo poder do Logos, A Palavra dita, pela Palavra Encarnada: como O Cristo, como Homem e como Deus.
 

Com poder para realizar aquilo que:

Um homem pode fazer, cheio do Espírito Santo: curar um enfermo; ·

Aquilo que só Deus pode fazer: perdoar a humanidade, representada ali pelo paralítico.
 

Aquilo que o Filho pode fazer, pois tudo foi feito por Ele e para Ele: ordenar pela Palavra, a Criação.

 

A forma de habitação do verbo     


Habitou – significa literalmente: “tabernaculou”. Faça a analogia com o Tabernáculo de Deus entre o povo hebreu; onde a Glória de Deus se manifestou? Ali.
 

Jesus, o Verbo Encarnado, veio identificar-se com o homem, com a humanidade, pelo processo divino e único da.

Encarnação do Logos.
 

A Santa habitação de Deus entre os homens, agora entre todos, não mais no deserto, mas nas cidades, vilas e povoados, fora e dentro de Israel.

 

A visão dos profetas. Antes da encarnação de Jesus, sua vinda era contemplada, crida e aceita pela fé. Isaías disse que o povo que andava em trevas (os perdidos) viu uma grande luz, Is. 9: 2.

 

Deus reservou aos homens o melhor de sua glória ao planejar o envio de seu Filho ao mundo. Toda a experiência de uma pessoa com Jesus em seu início, levando em conta a dureza dos nossos corações, gerada pelo pecado. No entanto, a perseverança e firmeza neste propósito levam-nos a dimensões consideráveis desta fonte de vida e poder que o relacionamento mais íntimo de DEUS com os homens, Jesus.

O KENOSIS

 

O Auto esvaziamento de Jesus Cristo, é uma auto renúncia dos atributos divinos. Jesus pôs de lado a forma de Deus, mas ao fazê - lo não se despiu de Sua natureza divina; não houve auto extinção.

 

Também o Ser divino não se tornou humano; Sua personalidade continuou a mesma, e reteve a consciência de ser Deus JO 3: 13.

 

O propósito da kenosis foi a redenção. Na kenosis Jesus deixou o uso independente do Seu poder para depender do Espírito Santo.

 

 

A SUA HUMANIDADE

 

A)  A natureza humana de CRISTO.

 

1)  Foi feito de mulher. GL 4: 4 = MT 1: 8.

 

2)  Foi feito da semente de Davi:

 

A)  De Sem. GN 9: 27.

 

B)  De Abraão. GN 12: 1-3.

 

C)  De Isaque. GN 26: 2-5.

 

D)  De Jacó.  GN 28: 13 15.

 

E)  De Judá.  GN 49: 10.

 

F)  De Davi.  2º SM 7: 12-16.

 

B)  A natureza do crescimento e desenvolvimento de CRISTO:

 

1)  O Vigor Físico.  LC 2: 52.

 

2)  As Faculdades Mentais.  LC 2: 40.

 

C)  A aparência pessoal.  JO 4: 9.

 

D)  A natureza humana completa de CRISTO:

 

1)  O Corpo. MT 26: 12.

 

2)  A Alma.  MT 26: 38.

 

3)  O Espírito. LC 23: 46.

 

E)  As limitações humana  CRISTO:

 

1)  As limitações físicas de CRISTO:

 

A)  A Fadiga.  JO 4:6 = IS 40: 28.

 

B)  O Sono.  MT 8: 24 = SL 121: 4-5.

 

C)  A Fome.  MT 21: 18.

 

D)  A Sede.  JO 19: 28.

 

E)  O Sofrimento e a Dor.  LC 22: 44.

 

F)  A Sujeição à Morte.  1º CO 15: 3.

 

 

2)  As limitações intelectuais  de CRISTO:

 

A)  Ele Precisava Crescer Conhecimento.  LC 2: 52.

 

B)  Ele Precisava Adquirir Conhecimento pela Observação.  MC 11: 13.

 

C)  Ele Possuía Conhecimento Limitado. MC 13: 32.

 

D)  Ele Tinha Limitações Morais.  HB 2: 18 = 4: 15.

 

3)  As limitações espirituais de CRISTO:

 

A)  Ele Dependia das Orações. MC 1: 35.

 

B)  Ele Dependia do Espírito Santo.  AT 10: 38 = MT 12: 28.

 

4)  Os nomes humanos CRISTO:

 

A)  Jesus.  Mt. 1: 21.

 

B)  O Filho do Homem.  LC 19: 10.

 

C)  O Nazareno.  AT 2: 22.

 

D)  O Profeta.  MT 21: 11.

 

E)  O Carpinteiro.  MC 6: 3.

 

F)  O Homem.  JO 19: 5 = 1º TM 2: 5.

 

G)  A relação humana de Cristo com Deus:

 

1)  Cristo como mediador  e sacerdote=Como representante da humanidade Jesus Cristo Falava com Deus. MC 15: 34.

 

O FILHO DE DEUS, SUA DIVINDADE

 

A)  Os nome divinos de Cristo

 

1)  O Deus. JO 1: 1 = JO 1: 18 (ARA) = JO 20: 28 = RM 9: 5 = TT 2: 13      HB 1: 8.

 

2)  O Filho de Deus. MT 8: 29 = 16: 16 = 27: 40 = MC 14: 61e 62 = JO 5: 25  10: 36.

 

3)  O Alfa e Ômega. AP 1: 8 a 17 = 22: 13 = IS 44: 6.

 

4)  O Santo. AT 3: 14 = IS 41: 14 = OS 11: 9.

 

5)  O Pai da Eternidade e Maravilhoso. IS 9: 6 = JZ 13: 18.

 

6)  O Deus Forte. IS 9: 6 = IS 10: 21.

 

7)  O Senhor da Glória. 1º CO 2: 8 = TG 1: 21 = SL 24: 8-10.

 

8)  O Senhor. AT 9: 17 = 16: 31 = LC 2: 11 = RM 10: 9 = FP 2: 11. O termo “Senhor” em grego é Kúrios, e significa Chefe superior, Mestre, e como tal era empregado às pessoas humanas, aos imperadores de Roma.

 

Entretanto eles eram considerados deus e somente a eles era permitido aplicar este título, no sentido de divindade AT 2: 36 =2º CO 4: 5 = EF 4: 5 = 2º PE 2: 1 = AP 19: 16.

 

B)  Pelo culto divino que lhe é atrbuido

 

1)  Somente Deus pode ser adorado. MT 4: 10.

 

2) Jesus aceitou e não impediu Sua adoração. MT 14: 33 = LC 5: 8 = 24: 52.

3) O Pai deseja que o Filho seja adorado. HB 1: 6 = JO 5: 22e 23 = comparem IS 45: 21-23 com FP 2: 10- 11.

 

4)  A Igreja primitiva o adorou e orava Ele. AT 7: 59 e 60 = 2º CO 12: 8-10.

 

 C) Pelos ofícios divinos que lhe foram atribuídos:

 

1)  O Criador. JO 1: 3 = HB 1: 8-10 = CL 1: 16.

 

2)  O Preservador. CL 1: 17.

 

3)  O Perdoador de pecados. MC 2: 5, 7, 11 = LC 7: 49.

4)  Jesus é Jeová Encarnado.

 

Compare IS 40: 3 e 4 com JO 1: 23 = IS 8: 13 e 14 com 1º PE 2: 7 e 8 e AT 4: 11 = 1º PE 2: 6 com IS 28: 16 e SL 118: 22 = NM 21: 6 e 7 com 1º CO 10: 9 (ARA = Senhor = ARC = Cristo = no grego = Criston SL 102: 22-27 com HB 1: 10-12 = IS 60: 19 com LC 2: 32 = ZC 3: 1-2.

 

D) Pela associação de Jesus, o Filho, com o nome de Deus Pai. 2º CO 13: 14 = 1º CO12: 4- 6 = 1º TS3: 11 = RM1: 7 = TG1: 1 = 2º PE 1: 1 = AP7: 10 = CL 2: 2 = JO 17: 3 = MT28: 19.

 

Os atributos divinos que são atribuídos à Cristo:

 

1)Os atributos naturais de Cristo: 

 

A) A Onisciência. JO 1: 47-51 = 4: 16-19, 29 = 6: 64 = 16: 30 = 8: 55 = JO 10: 15 = 21: 6 a 17 = MT 11: 27 = 12: 25 =               17: 27 = CL 2: 3.

 

B) A Onipresença. JO 3: 13 = 14: 23 = MT 18: 20 = 28: 20 = EF 1: 23.

 

C)  A Onipotência. MT 8: 26 e 27 = 28: 28 = HB 1: 3 = AP 1: 8.

 

D) A Eternidade. JO 8: 58 = 17: 5 a 24 = CL 1:17 = HB 1: 8 = 13: 8 =

AP 1: 8 = IS 9: 6 = MQ 5: 2.

 

E) A Vida. JO 10: 17-18 = 11: 25 = 14: 6.

 

F) A Imutabilidade. HB 1: 11 = 13: 8 = SL102: 26-27.

 

G) A Auto Existência JO 1: 1-2.

H) A Espiritualidade. 2º CO 3: 17-18.

 

2)Os atributos morais de Cristo:

 

A Santidade. AT 3: 14 = 4: 27 = JO 8: 12 = LC 1: 35 = HB 7: 26 =

1º JO 1: 5 = AP 3: 7 = 15: 4 = DN 9: 24.

 

B) A Bondade. JO 10: 11 a 14 = 1º PE 2: 3 = 2º CO 10: 1.

 

C) A Verdade. MT 22: 16 = JO 1: 14 = 14: 6 = AP 19: 11 = 3: 7

1º JO 5: 20.

 

D) Os títulos dado a Deus Pai é dado também à Jesus Cristo:

 

1) O Deus   

Deus Pai DT 4: 39 = 2º SM 7: 22 = 1º RS 8: 60 = 2º RS 19: 15 = 1º CR 17: 20 = SL 86: 10 = IS 45: 6 = 46: 9 =MC 12: 32, Jesus Cristo Compare IS 40: 3 com  JO 1: 23 e 3: 28 = SL 45: 6 -7 com    HB 1: 8-9 JO 1: 1 = RM 9: 5 =TT 2: 13 = I JO 5: 20.

 

2) O único Deus verdadeiro 

 

O Deus Pai. JO 17: 3 Jesus Cristo. 1º JO 5:20.                                                                                                                

 

3) O Deus forte

 

O Deus Pai. NE 9: 32 Jesus Cristo. IS 9: 6.

 

4) O Deus salvador

 

O Deus Pai. IS 45: 15 a 21 = LC 1: 47 = TT 3: 4 Jesus Cristo. 2º PE 1: 1 = TT 2: 13 = JD 2-5.

 

5) O Jeová

 

O Deus Pai. ÊX 3: 15 Jesus Cristo. Compare IS 40: 3 com MT 3: 3 e JO 1: 23.

 

6) O Jeová dos exércitos

 

1º CR 17: 24 = SL 84: 3 = IS 51: 15 = JR 32: 18 = 46: 18 Jesus Cristo Compare SL 24: 10 e IS 6: 1-5 com JO 12: 41 = IS 54: 5.

 

7) O Senhor

 

O Deus Pai. MT 11: 25 = 21: 9 = 22: 37 = MC 11: 9 = 12: 29 =RM 10: 12 = AP 11: 15, Jesus Cristo LC 2: 11 = JO 20: 28 = AT 10: 36 = 1º CO 2: 8 = 8: 6 = 12: 3, 5 = FP 2: 11 = EF 4: 5.

 

8)  O Único Senhor

 

Deus Pai. MC 12: 29 = DT 6: 4 Jesus Cristo. 1º CO 8: 6 = EF 4: 5.

 

9) O Jeová e O Salvador, O Senhor e O Salvador

 

Deus Pai. IS. 43:11;60:16; OS.13:4, Jesus Cristo.

2º PE 1: 11=2: 20=3: 18.

 

10) O Salvador

 

O Deus Pai. IS 43: 3 a 11 = 60: 16 = 1º TM 1: 1 = 2: 3 = TT 1: 3 = 2: 10 =3: 4 = JD 25, Jesus Cristo. LC 1: 69 = 2: 11 = AT 5: 31 = EF 5: 23 = FP 3: 20 = 2º TM 1: 10 = TT 1: 4 = 3: 6.

 

11) O único Salvador

 

O Deus Pai IS. 43:11;OS.13:4, Jesus Cristo AT 4: 12 = 1º TM 2: 5, 6.

 

12) O Salvador de todos os homens e do mundo

 

 Deus Pai. 1º TM 4: 10 Jesus Cristo. 1º JO 4: 14.

 

 13) O Santo de Israel

 

O Deus Pai. SL 71: 22 = 89: 18 = IS 1:4 = IS 45: 11 Jesus Cristo. IS 41: 14; = 43: 3 = 47: 4 = 54: 5.

 

14) O Rei dos Reis,Senhor dos Senhores

 

O Deus Pai. DT 10: 17 = 1º TM 6: 15-16, Jesus Cristo. AP 17: 14 = 19: 16.

 

15) O Eu Sou

 

O Deus Pai.  ÊX 3: 14 Jesus Cristo.  JO 8: 58.

 

16) O Primeiro e o Último

 

O Deus Pai. IS 41: 4 = 44: 6 = 48: 12, Jesus Cristo. AP 1: 11, 17 = 2: 8 = 22: 13.

 

17) O Esposo de Israel e da igreja

 

O Deus Pai. IS 54: 5 = 62: 5 = JR3: 14 = OS 2: 16 Jesus Cristo.

JO 3: 9 = 2º CO 11: 2 = AP 19: 7 = 21: 9.

 

18) O Pastor:

 

Deus Pai. SL 23: 1 Jesus Cristo. JO 10: 11 a 14 = HB 13: 20.

 

E) Obras atribuídas igualmente a Deus e a Jesus Cristo:

 

 

1-Criou o mundo e todas as coisas

 

Deus Pai. NE 9:6 =  SL 146: 6    

IS 44: 24 = JR 27:   5 =  AT 14: 15 = 17: 24, Jesus Cristo.  SL 33: 6 = JO 1: 3 a 10 = 1 ° CO 8: 6 = EF 3: 9 = CL 1: 16 = HB 1: 2,10.

 

  1. Sustenta e preserva todas as coisas

Deus Pai. SL 104: 5-9; JR 5: 22 = 31: 35 , Jesus Cristo. CL 1: 17 = HB 1: 3 = JD 1.

 

  1. Ressuscitou Cristo:                                                                   

 

Deus Pai. AT 2: 24 = EF 1: 20 Jesus Cristo. JO 2: 19 = 10: 18.

 

  1. Ressuscitou mortos

 

Deus Pai. RM 4: 17 = 1° CO 6: 14 = 2° CO 1: 9 = 4:14, Jesus Cristo. JO 5: 21, 28, 29 6: 39, 40, 44, 54 = 11: 25 = FP 3: 20-21.

 

  1. É o Autor da regeneração

Deus Pai. 1° JO 5: 18 Jesus Cristo. 1° JO 2: 29.

A Uni personalidade de Jesus Cristo

 

Ficou provado que Jesus Cristo possui duas naturezas, a divina e a humana. No entanto, embora tenha duas naturezas, Ele não possui duas personalidades ou Pessoas, sendo uma Pessoa divina e outra humana, mas uma só e apenas uma Jesus Cristo é uma só Pessoa em duas naturezas distintas, porém unidas.

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